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Homem trans ganha licença-paternidade na Prefeitura do Rio

Glauco Vital é o primeiro funcionário público do Rio a conseguir o benefício de 20 dias


O sonho de ser pai sempre esteve vivo na mente de Glauco Vital. Homem transexual há seis anos, o carioca de 49 anos realizou o desejo há quase um mês, quando nasceu a pequena Giovanna, fruto do relacionamento de quatro anos com a enfermeira Marcela Santoro, de 34 anos.

Funcionário da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual do Rio de Janeiro (CEDS), ele quebrou duas barreiras na vida: a da paternidade e o de ganhar o direito à licença-paternidade para cuidar da mulher e do bebê que nasceu no dia 12 de novembro.

O benefício foi dado pela Prefeitura do Rio, que pela primeira vez concedeu este direito trabalhista para um homem trans. Glauco ficou os 20 primeiros dias de vida acompanhando de perto o dia a dia de Giovanna, dando banho, ajudando a colocar para dormir e prestando todo o suporte necessário para mulher.

“É uma oportunidade. Sei que sou responsável por abrir portas para que outros homens trans possam ter esse direito e usá-lo. Esses primeiros dias são momentos importantes e complicados. Mas é muito bom para criar esse vínculo com o bebê, ela olhar que sou pai. É o sonho de uma vida inteira, e esses 20 dias são essenciais para isso. Se tivesse trabalhando, não seria a mesma coisa. Todos os pais merecem sim”, diz.

A família tentou a primeira inseminação no ano passado, quando Marcela chegou a engravidar de um menino, mas a gestação foi interrompida. Na segunda tentativa, Giovanna veio para ficar e quase fez o novo pai desmaiar de tanta emoção.

“Foi maravilhoso ser pai. Assisti ao parto, chorei e quase desmaiei (risos). É importante estar em casa ao lado da minha esposa para poder ajudar”, diz.

O Coordenador Especial da Diversidade Sexual do Rio, Nélio Georgini, Glauco além de ser um funcionário dedicado e exemplar é um ser humano iluminado.

“Estar hoje como chefe do Glauco é uma motivação. É uma história de vida que vale a pena ser contada e ouvida. São anos de reivindicações por inclusão, respeito, e lutas por direitos. Cada LGBT sabe exatamente o que é uma batalha diária contra o preconceito. Para a comunidade trans a luta é ainda mais difícil, por isso, é nosso dever lutar juntos”, reitera Georgini.

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