Scroll Top
Av. Senador Lemos, Umarizal, Belém/Pará

Guia da marmita: Como se alimentar de forma prática e saudável no trabalho

Vale pagar caro em um pote para transportar a comida? Quais são os alimentos ideais? Especialistas ensinam a fazer boas escolhas para refeições no trabalho


As marmitas voltaram com tudo e ganharam status gourmet, com lojas que vendem produtos exclusivos e celebridades que sacam as quentinhas em qualquer lugar.

Mas nem sempre preparar a própria comida é garantia de mais saúde, bem-estar, praticidade e economia. Cozinhar sem planejamento, por exemplo, pode tornar a conta mais cara do que comer no quilo.

E algumas escolhas erradas na elaboração e no armazenamento comprometem o sabor e até o valor nutricional dos pratos. Conheça os principais erros que as pessoas cometem entre o preparo e o consumo dessas refeições.

O planejamento

Ir ao supermercado sem ter calculado o cardápio da semana pode gerar prejuízo no bolso. “Para não se perder e não cozinhar a mais – ou então faltar comida –, o ideal é sempre colocar o plano no papel”, afirma Juliana Pandini, coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário Celso Lisboa, no Rio de Janeiro.

“Defina a sequência de marmitas e o número de refeições necessárias. Em seguida, faça uma lista do que gostaria de comer.” É importante também estabelecer um dia, como o domingo, para cozinhar o menu.

O preparo

Nem todos os tipos de preparo e ingredientes são indicados para a marmita. Frituras, por exemplo, perdem a consistência quando esquentadas.

“Evite também colocar alimentos como queijo, ovo ou creme de leite, pois, ao congelar, podem apresentar alterações de textura e sabor”, diz Juliana. Se a opção for por uma massa, deixe no ponto al dente, porque o reaquecimento vai cozinhar mais um pouco, principalmente se houver molho.

“Boas opções são grãos (petit pois, ervilha); cereais (quinua, milho); ovo cozido; carne e frango em iscas, cozidos ou grelhados; cenoura crua em bastões; aipo cru em bastões; pepino; brócolis cozidos al dente e frutas inteiras com casca (maçã, tangerina, pera, laranja, lima da pérsia)”, afirma a nutricionista Larissa Cohen, especialista em nutrição clínica e oncológica, do Rio de Janeiro.

O recipiente

As saladas, sem tempero, podem ficar em marmitas de aço inox, pois não serão aquecidas. “As de alumínio são as menos práticas, pois alguns ingredientes, como molhos à base de tomate, em contato com o material, podem sofrer alteração no sabor e causar reações alérgicas e problemas gastrointestinais”, diz Juliana.

O ideal é acomodar tudo em pote de vidro. “É de fácil higienização e não deixa odor e nem sabor de alimentos armazenados anteriormente”, afirma Larissa.

Os recipientes plásticos não são indicados, porque podem conter vários tipos de contaminantes, como o Bisfenol A, conhecido como BPA, e os ftalatos.

É possível que marcas com selo “BPA Free”, mesmo as mais caras, carreguem outros compostos nocivos. “Essas substâncias tóxicas possuem ação semelhante à do hormônio sexual estrógeno, que regula diversas funções no organismo”, diz Larissa.

“A exposição frequente pode gerar um estado de inflamação no corpo e está diretamente relacionada a complicações como infertilidade, má-formação do feto, problemas no desenvolvimento cognitivo e do sistema reprodutor em crianças e adolescentes, ganho de peso e diabetes, doenças no fígado e no rim, câncer. ”Portanto, preço e grife não são garantias de melhor escolha.

O congelamento

Há quem prefira juntar os preparos em cada marmita. “Mas deixar as combinações já prontas pode ser inadequado para a durabilidade da refeição”, afirma Larissa.

“Seria interessante ter recipientes com uma massa integral e um arroz integral, por exemplo, e separar dois potes com dois tipos de grãos, além de vários com um pouco de cada verdura e legume cru ou cozido, todos separados.”

A nutricionista recomenda também manter três ou quatro potes com proteínas feitas de formas diferentes, como frango grelhado e frango em iscas, carne bovina cozida em iscas e carne bovina crua, em bife, para preparar só na hora de montar a marmita.

“E deixe um dia livre para levar um ovo cozido ou lascas de peixe assado ou posta de peixe grelhado”, sugere.

O consumo

“O método de reaquecimento não interfere no valor nutricional dos alimentos”, afirma Juliana Pandini. “Tanto faz optar pelo forno, banho-maria ou micro-ondas.”

O importante é não esquentar recipientes plásticos, porque o calor aumenta a liberação dos contaminantes. “Nesse caso, o ideal é despejar a refeição em um prato antes de levar ao micro-ondas”, diz Julian

Deixe um comentário

Preferências de Privacidade
Quando você visita nosso site, ele pode armazenar informações através de seu navegador de serviços específicos, geralmente na forma de cookies. Aqui você pode alterar suas preferências de privacidade. Observe que o bloqueio de alguns tipos de cookies pode afetar sua experiência em nosso site e nos serviços que oferecemos.