O Itaú Unibanco prorrogou sua política de home office até janeiro de 2021, segundo anúncio interno do presidente Candido Bracher por vídeo.
O novo prazo para retorno ao escritório acontece em meio a cenário ainda crescente de propagação do novo coronavírus no Brasil. Até esta quinta-feira, 13, o país teve um total de 104.263 óbitos e 3.170.474 casos confirmados da doença.
Segundo posicionamento enviado à EXAME, o Itaú esclarece que o prazo não significa que os funcionários retornam ao escritório no dia 1º de fevereiro. “Esse é o prazo para reavaliarmos e definirmos como atuaremos a partir de fevereiro”, diz a nota.
Desde março, o banco adotou medidas de segurança e colocou mais de 50 mil funcionários para trabalhar em casa. Agora, quem está em home office permanece assim. A empresa também mantém cuidados adicionais de segurança para funcionários de agências e os que precisarem ir ao escritório.
De acordo com o Sindicado dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, o Itaú deve reabrir 108 agências pelo país e fechar permanentemente 23 agências.
Mais um ano em casa
No Facebook, os funcionários não devem retornar aos escritórios até julho de 2021. O trabalho remoto foi implementado na empresa globalmente em março, quando a pandemia se intensificou nas Américas. Antes da ampliação, a medida permitia o home office até dezembro de 2020. A companhia também afirmou que deve pagar mil dólares adicionais aos funcionários para que possam suprir seus gastos com o home office.
No Google, o trabalho remoto também acontecerá até julho do próximo ano. Em outras companhias, o novo modo de trabalhar pode se tornar permanente. A Accenture e a Via Varejo já abriram mais de 800 vagas para funcionários que trabalharão sempre de casa.
Pelo mundo, a Suécia recomendou à população que faça home office até 2021. E alguns países, como as Ilhas Bermudas, começaram a oferecer visto para trabalhadores remotos.
Problemas no home office?
A maioria das empresas — e dos funcionários — aprovou a experiência do trabalho remoto. No entanto, segundo pesquisa da Cia de Talentos, 75% da empresas não pretendem manter esta prática após este período, ou a limitarão a até 25% do seu quadro.
Um dos motivos é que 9 a cada 10 empresas se preocupam com a segurança das informações sigilosas da organização. Outro desafio exposto foi a falta de educação comportamental dos profissionais para lidarem com os compromissos profissionais sem uma gestão próxima.