Todos nós conhecemos líderes que não sabem lidar com as emoções no trabalho. Esses possuem baixa empatia, são mais focados em tarefas do que em pessoas e comumente não possuem habilidades suficientes para construir relacionamentos saudáveis. Esses gestores, muitas vezes, possuem comportamento autoritário, usam o argumento da força e o poder posicional, e demonstram que são indiferentes sobre como os outros os percebem. Normalmente, apesar dessa postura, são profissionais bem-intencionados, mas mal direcionados.
O comportamento rígido destes líderes influencia de forma negativa no ambiente corporativo e gera conversas paralelas, fofocas e mal-estar. Embora eles possam ter algum sucesso na carreira, pagam um preço alto ao criar uma atmosfera ruim de trabalho, com alto turnover e dificuldade de montar uma equipe.
De fato, gestores ou líderes que não conseguem conciliar o intelecto com as emoções, descobrirão que esse elo é o que faz a diferença. E é através desta ligação que eles podem demonstrar que se importam com os que estão ao seu redor e que podem se conectar de maneira positiva com toda a equipe.
Emoções representam o “coração”. A capacidade de entender e gerenciar os próprios sentimentos e de reconhecer e influenciar nas sensações dos outros é uma habilidade valorizada na liderança, que pode envolver corações e mentes de uma mesma equipe com o mesmo objetivo de descobrir soluções inovadoras que superem as expectativas e os resultados.
Essas emoções podem ativar e motivar o time ou movê-los para alcançar as metas e missões de maneira sadia e estimulante. E para fazer isso com eficiência, é preciso compreender o medo, a empolgação, a incerteza e a desconfiança de todos, além de incentivar e inspirar cada um de maneira única e personalizada, mas de forma eficaz.
A partir daí, existe um equilíbrio entre tarefas a serem executadas e relacionamento profissional, o que irá possibilitar mais criatividade no trabalho, inovação, participação e engajamento.
Já dizia Daniel Golemam, autor do livro Inteligência Emocional: “os membros da equipe não devem apenas entender o processo para realizar seu trabalho. Os líderes precisam se conectar com eles em um nível emocional, para que eles entendam por que seu trabalho é importante e como eles agregam valor. Devem priorizar as trocas entre pessoas antes de abordar as funções a serem realizadas. Isso inclui a construção de uma base de confiança, autoconsciência, preocupação com o próximo, valorização das capacidades dos profissionais, compreensão das motivações individuais, formação de equipes e inspiração, pois assim, se estabelecerá uma base que os ajudará a alcançar os objetivos desejados com eficácia e muito sucesso!”