Protestos antiracismo têm marcado os Estados Unidos nas últimas semanas após o assassinato de George Floyd, homem negro morto por um policial branco. Em meio às reivindicações, artistas e personalidades têm feito doações para ajudar o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em tradução literal para o português).
É o caso do rapper Kanye West, que doou 2 milhões de dólares (cerca de 10 milhões de reais na cotação atual) para pagar os estudos da filha de Floyd.
No dia 17, o presidente e cofundador da Netflix, Reed Hastings, e sua esposa Patty Quillin, engrossaram a lista e fez uma doação recorde de 120 milhões de dólares (mais de 600 milhões de reais) para o maior fundo de apoio a faculdades historicamente negras nos EUA e beneficiará também as universidades Spelman e Morehouse. Cada uma receberá 40 milhões de dólares.
As universidades americanas mais ricas e majoritariamente brancas recebem mais do que as que têm mais alunos negros. Harvard, por exemplo, recebe mais de 40 bilhões de dólares em doações, enquanto a Spelman não recebe mais do que 390 milhões de dólares. Segundo Hastings e Quillin, a ideia é “ajudar a mudar isso”.
“Nós acreditamos que investir na educação da juventude negra é uma das melhores formas de ajudar o futuro da América. Nós dois tivemos o privilégio de ter uma boa educação e queremos ajudar mais estudantes — em particular as minorias — a ter o mesmo começo de vida”, disseram os dois em um comunicado.
Quillin e Hastings também assinaram o Giving Pledge, organização fundada por Bill Gates, Melinda Gates e Warren Buffett, e prometaram dar a maioria de sua riqueza para causas filantrópicas.
Segundo o jornal americano The New York Times, o CEO da plataforma de streaming também está tentando aumentar a diversidade em seu quadro de funcionários e afirma que 7% deles são negros e representam 8% da liderança da empresa, o que, para uma empresa de tecnologia é um número bastante expressivo — mas ainda assim longe do ideal.