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Bancos de Wall Street trocam pebolim por home office para reter talentos
No setor de serviços financeiros, engenheiros de software no fogo cruzado da batalha por talentos têm conquistado mais liberdade do que os banqueiros com quem trabalham
Tempo de leitura: 3 min


(MD Birdy/Getty Images)

Enquanto o alto escalão do Goldman Sachs soava o alarme de um retorno à vida pré-pandemia nos escritórios, um grupo de profissionais recebia garantias de que poderia manter parte de sua preciosa flexibilidade.

Os codificadores do banco de Wall Street podem continuar a trabalhar em casa dois dias por semana, segundo pessoas informadas sobre os planos do Goldman.

Não estão sozinhos. No setor de serviços financeiros, engenheiros de software no fogo cruzado da batalha por talentos têm conquistado mais liberdade do que os banqueiros com quem trabalham.

O Wells Fargo disse aos funcionários no mês passado que o trabalho remoto será limitado a dois dias por semana para muitas funções, mas informou que abriria uma exceção para a maioria da equipe de tecnologia. O Citigroup atribui algumas de suas recentes vitórias no recrutamento de profissionais de tecnologia à maior flexibilidade do banco em relação ao trabalho remoto.

Outras instituições financeiras, como o Barclays, também deixaram claro que algumas funções teriam mais flexibilidade. O banco britânico decidiu que os detalhes da abordagem híbrida ficaria a cargo dos gerentes e planeja desocupar um segundo escritório no distrito financeiro de Canary Wharf, em Londres.

“Não existe uma abordagem de ‘tamanho único’”, disse o CEO Jes Staley recentemente.

Essas abordagens divergentes ganham cada vez mais preferência. A propagação de variantes da Covid-19 levou muitas empresas financeiras a atrasarem planos de retorno aos escritórios. Mesmo que o coronavírus seja dominado, devido à ampla gama de funções nos bancos a implementação de uma política consistente entre funções e regiões será difícil.

Um porta-voz do Goldman não quis comentar.

Influência

Engenheiros tímidos há muito tempo desfrutam de um tratamento especial. Durante o boom das pontocom, o Goldman colocou mesas de pebolim na antiga sede em Nova York em uma tentativa de oferecer um local de trabalho mais atraente para talentos de engenharia.

Os codificadores têm ainda mais poder de barganha atualmente. Empresas de tecnologia estão crescendo e muitas tornaram o trabalho em casa parte do novo normal. Fintechs e empresas como a Alphabet, dona do Google, têm como alvo pessoas com profundo conhecimento de produtos em serviços financeiros, à medida que buscam ganhar experiência na área.

O software se tornou peça importante dos negócios de grandes bancos, desde a substituição de agências por ofertas de varejo digital até a transferência de volumes maiores dos mercados de renda fixa para o comércio eletrônico. O JPMorgan Chase gasta mais de US$ 10 bilhões por ano em tecnologia, enquanto o HSBC disse que suas despesas no segmento subiram para US$ 3 bilhões no primeiro semestre deste ano.

Menos desvantagens

As desvantagens de conceder flexibilidade não são tão acentuadas quanto em outras áreas de negócios. Engenheiros de software raramente precisam lidar diretamente com clientes das empresas e estão acostumados a trabalhar em projetos de qualquer lugar.

“Codificadores são introvertidos por natureza de qualquer maneira”, disse Jason Kennedy, CEO da empresa de recrutamento britânica Kennedy Group, em entrevista. A flexibilidade “minimiza o risco de perder pessoas, porque os que não querem trabalhar em um lugar cheio de gente, não precisam”.

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