Scroll Top
Av. Senador Lemos, Umarizal, Belém/Pará

As 6 carreiras mais quentes em 2018 no setor de petróleo e gás


Antes prestigiadas, as carreiras ligadas à indústria de petróleo e gás foram gravemente atingidas pela crise da Petrobras e pelas investigações de esquemas de corrupção no setor de infraestrutura e energia. Porém, ao longo de 2017, esse mercado passou por um processo de rearranjo e, como consequência, deve conhecer dias melhores em 2018.

Pelo menos é o que garante Raphael Falcão, diretor da consultoria de recrutamento HAYS Experts. Segundo ele, houve um movimento geral na indústria, capitaneado por mudanças estruturais na Petrobras, em direção a uma maior transparência e abertura à participação estrangeira. “Isso está trazendo muito mais otimismo sobre o futuro desse mercado, ainda que saibamos que nunca vamos voltar à euforia de 2011, 2012”, explica ele.

No ano que passou, a situação de quem trabalha com petróleo e gás foi marcada por dois fenômenos que também apareceram em outros mercados: a queda no número de contratações, a juniorização de certos cargos e a inclusão de tarefas operacionais no rol de obrigações de alguns gestores.

Outro fenômeno importante, mais específico desta indústria, foi a substituição de estrangeiros — que haviam sido contratados nos tempos áureos do petróleo — por profissionais brasileiros.

Somadas todas essas reestruturações, diz Falcão, o saldo que ficará para 2018 deve ser a retomada das contratações em algumas áreas específicas.

Uma delas é a que envolve desenvolvimento e exploração do petróleo. “Graças aos bids que tivemos em 2017 e que teremos no próximo ano, a atividade de pesquisa de exploração irá voltar e o desenvolvimento continua sendo relevante pois a produção não para”, explica Falcão.

Para se dar bem em 2018, quais características o profissional do setor deve ter? “O inglês continua sendo uma competência fundamental, sobretudo com a entrada de novos players internacionais”, responde o especialista.

Para executivos de nível sênior, também será esperada uma proximidade maior com a rotina da operação. Segundo o diretor da HAYS Experts, o líder desse mercado precisará demonstrar a capacidade de estar junto da equipe e apoiá-la nas decisões-chave do dia a dia.

Confira a seguir as 6 carreiras mais promissoras no mercado de óleo e gás em 2018, segundo projeções de consultorias consultadas:

Geólogo / Geofísico/ Petrofísico

O que faz: Estuda, analisa e interpreta dados sísmicos, gravimétricos, magnetométricos e geoquímicos para ter conhecimento profundo do bloco adquirido pela empresa. A análise dos dados coletados permite que a empresa tome a decisão da viabilidade econômica de produzir petróleo.

Perfil: Formação superior em geologia, geofísica ou engenharia de petróleo, com estudos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu. O domínio do idioma inglês é exigido caso o profissional atue em empresas multinacionais.

Por que estará em alta em 2018: Segundo Jacqueline Resch, consultora da Resch RH, a valorização desses profissionais se explica pela retomada do setor de petróleo e gás, com destaque para a ocorrência da 14ª Rodada de Licitações de blocos para exploração de petróleo e gás natural da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em setembro de 2017.

Analista econômico para o setor de óleo e gás

O que faz: Conduz estudos que indiquem a viabilidade econômica da produção de petróleo nos blocos adquiridos.

Perfil: Graduação em engenharia ou em ciências econômicas é o mais comum. É preciso ter inglês fluente, forte conhecimento técnico dos aspectos de exploração e produção de petróleo, além de experiência com projetos financeiros e bom entendimento de assuntos econômicos, contemplando riscos e projeções.

Por que estará em alta em 2018: Assim como geólogos, geofísicos e petrofísicos, o analista econômico especializado em óleo e gás deve ser solicitado pelas empresas que apostam na retomada do setor, que deu sinais sobretudo no último trimestre de 2017, diz Resch.

Gerente regulatório

O que faz: Faz a interface com a ANP (Agência Nacional do Petróleo) ou uma agência específica do setor de gás, ajudando na criação e ao mesmo tempo trazendo para “dentro de casa” formas de operar dentro da legislação para ter o melhor retorno.

Perfil: Pode ser um advogado, mas também um administrador ou engenheiro. Geralmente tem um perfil multidisciplinar: tem conhecimentos da operação e, ao mesmo tempo, domina temas como legislação, tributos e finanças.

Por que estará em alta em 2018: As mudanças da lei do gás explicam a maior demanda por esse profissional no mercado, diz Raphael Falcão, diretor da HAYS Experts.

Engenheiros com conhecimento em operação e manutenção para energia eólica e solar

O que faz: Opera e cuida da manutenção de equipamentos.

Perfil: Formação em engenharia, com conhecimento de três âmbitos: civil, ligado à instalação; elétrica, principalmente quando envolve a questão solar; e mecânica. É importante ter inglês fluente, já que essa é a língua de todas essas empresas que atuam nesse setor.

Por que estará em alta em 2018: “O mercado de energia eólica e solar tem muito espaço para crescer, mas hoje já temos uma boa base instalada”, diz Falcão, da HAYS Experts. “Com isso, depois de certo tempo, essa base instalada já começa a demandar mais operação e manutenção”.

Engenheiro de fluido

O que faz: É responsável por informar os produtos químicos necessários para o preparo do fluido de perfuração, bem como testar e tratar o fluido (lama de perfuração) para que ele mantenha suas propriedades físico-químicas dentro dos limites recomendados.

Perfil: Formação em engenharia de petróleo e gás, química ou mecânica. É fundamental ter experiência anterior em plataformas.

Por que estará em alta em 2018: Segundo análise da consultoria Resch RH, a nova rodada de licitações de blocos para exploração de petróleo e gás natural da ANP exigirá profissionais capazes de orientar a perfuração e outras etapas iniciais do processo.

Gerente de manutenção

O que faz: É responsável pela manutenção preventiva ou corretiva das máquinas das embarcações. Também gere prestadores de serviços, cuida da segurança da embarcação e implanta ferramentas de qualidade de modo a evitar paradas desnecessárias.

Perfil: Formação em engenharia naval. É necessário ter inglês e pós-graduação em gestão de qualidade.

Por que estará em alta em 2018: Segundo análise da consultoria Robert Half, esse profissional é visto como peça-chave para garantir a qualidade dos processos e, consequentemente, a rentabilidade do negócio.

Deixe um comentário

Preferências de Privacidade
Quando você visita nosso site, ele pode armazenar informações através de seu navegador de serviços específicos, geralmente na forma de cookies. Aqui você pode alterar suas preferências de privacidade. Observe que o bloqueio de alguns tipos de cookies pode afetar sua experiência em nosso site e nos serviços que oferecemos.